Após dois anos de isolamento, Juventudes do Grande Bom Jardim se reuniram para falar sobre arte, Cultura e direitos humanos pós pandemia.
O primeiro dia do IV Festival das Juventudes: Arte Cultural e Direitos Humanos reuniu uma diversidade de jovens no Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza neste sábado (07/05). A programação contou com atividades criativas com música, desenho, artesanato, slam, dança e fotografia, além de oficinas informativas envolvendo temas relacionados à participação social e cidadania, bem como momentos de integração entre estudantes, artistas e lideranças comunitárias.
A abertura cultural foi realizada pelo Grupo Maracatu Nação Bom Jardim que fez todo mundo se movimentar ao som dos tambores e da ciranda. O momento formativo contou com a fala da ativista Jô Costa, assessora de políticas afirmativas, articulação comunitária e social do Instituto Mirante, integrante do Fórum de Juventudes e do Grupo Jovens Agentes de Paz e da psicóloga Laisa Forte, psicóloga e mestra pela Universidade Federal do Ceará, integrante do VIESES e do Coletivo Cio das 5. O bate-papo girou em torno da afirmação das juventudes como sujeitos de direitos e da importância de construir aliançamentos para o fortalecimento das políticas públicas para as juventudes. Após o bate-papo a turma foi divida em grupo e produziram apresentações artísticas com esquetes, músicas, poesias e falas sobre como é ser jovem nas periferias, partilhas muito criativas e potentes.
“Ser Jovem
É ser feliz
Curtindo a vida
Feito um aprendiz
A aprendizagem
Para a vida adulta
Para conquistar
Dias de glória
Após dias de luta
A luta de cada dia
A luta Mental
A luta contra a desigualdade
E o preconceito racial
Pelo jeito de vestir
Pelo jeito de ser
Pela sua cor
Te criticam
Te criticam até não mais poder
Esse é o lado ruim da periferia
Passando por lutas
Todos os dias
Tem também seu lado bom
A parte boa de ser daqui
A Cada dia que passa
Cada vez mais você sorrir”
Poema produzido por estudantes na abertura do IV Festival das Juventudes
De acordo com a assessora de juventude, Ingrid Rabelo, o Festival é uma oportunidade de compartilhar vivências e conhecimentos.
“ Depois de dois anos sem realizar o Festival de forma presencial, esse ano estamos animados em conseguir reunir uma diversidade de jovens estudantes e artistas para falar sobre arte, cultura, educação, saúde e sobretudo sobre vida digna para as juventudes periféricas. O Festival é uma forma que o Cdvhs encontrou de potencializar as iniciativas já protagonizadas pela população jovem”, afirmou.
O primeiro dia contou com a participação de cento e onze pessoas, sendo sessenta e seis estudantes de seis escolas públicas do Grande Bom Jardim. As oficinas criativas foram facilitadas por Raquel Vieira ( Fotografia), Alana Ribeiro e Samuel Riguete ( Desenho), Denise Costa, do coletivo Entre Ciclos ( Slam) e pelo Coletivo Oh Vibe, Marlon Pires, Ariada Capistrano, Luti Feijão ( pulseira de macramê). Os resultados das oficinas serão publicados nas redes sociais do Grupo Jovens Agentes de Paz ( @jovensagentesdepaz).
Saiba mais
O festival é uma realização do Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza de Fortaleza por meio do Projeto Jovens Agentes de Paz com o apoio da cooperação alemã MISEREOR e a parceria da Universidade Federal do Ceará, através do projeto Artes Insurgentes, Grupo de Extensão VIESES,LAPSUS, LABRIGRIM e Projeto Desmedidas. As inscrições foram realizadas nas escolas estaduais do Ceará e no Fórum de Juventudes da Rede DLIS.
Desenhos produzidos na abertura do IV Festival das Juventude