Princípios Políticos Pedagógicos

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Há 27 anos, o CDVHS atua junto às organizações comunitárias e aos movimentos sociais e populares da região do Grande Bom Jardim, em Fortaleza, com os quais estabeleceu parcerias e, de forma compartilhada, ajudou a construir uma nova identidade social, cultural e organizacional para o citado território. A identidade do CDVHS está intimamente ligada ao “empoderamento” dos setores populares no sentido de incorporá-los ao processo de organização, mobilização e negociação das políticas que realizam os direitos humanos, ou os reparam, ou que enfrentam a violência institucional dentre outras.

RECUPERAR A AUTO-ESTIMA DOS POBRES – criar oportunidades geradoras  vitórias, servindo como aprendizado e recuperação da capacidade com o incentivo à realização de projetos sociais por parte das entidades comunitárias assessoradas, possibilitando o aprimoramento da competência dessas organizações, fortalecendo a credibilidade e a legitimidade delas junto aos seus públicos. 

NOVAS HABILIDADES E COMPETÊNCIAS – Investir no processo de ensino-aprendizagem é um enfoque estratégico do CDVHS. Isso contribui para a garantia da sustentabilidade de qualquer processo de desenvolvimento. O CDVHS investe, sistematicamente, em diferentes modalidades de produção de conhecimento, desde pesquisas de diagnóstico social a processos empíricos geradores de novos paradigmas administrativos no campo das organizações sociais, envolvendo experiências concretas de indivíduos e grupos.

MECANISMOS DE COOPERAÇÃO E SOLIDARIEDADE – Para o CDVHS, a colaboração criativa é imprescindível no combate às múltiplas  facetas da pobreza extrema. O CDVHS estimula a convivência comunitária e promove mecanismos que favorecem a cooperação e a solidariedade em seus programas e projetos. 

ACREDITAR E EMPODERAR ORGANIZAÇÕES POPULARES – O CDVHS promove o fortalecimento organizacional e político de organizações comunitárias. Nesse processo destaca-se o investimento em coesão de grupo, formação de equipes com objetivos claros e espírito de colaboração e amizade. 

MEMÓRIA SOCIAL DA VIDA E DA HISTÓRIA DE RESISTÊNCIA DO POVO POBRE – Tal qual como acreditamos e investimos nos processos de valorização da autoestima, da convivência social, da mobilização, organização e articulação dos coletivos dos jovens e de moradores da periferia, do povo pobre pobre, nós também compreendemos e valorizamos em nossas iniciativas e projetos o registro, a sistematização e a construção da visibilidade da memória de vida e luta do povo pobre. Isto como afirmação política, como afeto e identidade, como mística e reparação simbólico a importância real dessas populações na construção da vida e história de nossa sociedade.

FORMAÇÃO CRÍTICA – A formação crítica constrói com os sujeitos em luta por direitos, em processos de superação de realidades violentas e violadoras, as alternativas de enfretamento, de reparação e de projeção da vida com dignidade. A formação crítica constrói o conhecimento conjuntamente. Aprende com os sujeitos concretos de direitos humanos e parceiros em um processo mútuo de reflexão sobre a realidade na projeção de novas realidades.

PESQUISA-AÇÃO E OBSERVAÇÃO CRÍTICA DA REALIDADE – A observação crítica da realidade sempre esteve ao lado dos processos de formação crítica. Aprende com as letras, com a fala e a observação dos sujeitos de direitos, como se aprende em registrando os traçados da realidade que saltam aos nossos olhos como injustos. Por isso, diversos processos de pesquisa foram desenvolvidos com os moradores e demais sujeitos  para fortalecer os processos de formação e, mais ainda, de exigência qualificada de direitos.

EXIGÊNCIA DE DIREITOS – A exigência dos direitos é a exigência por uma vida digna, livre da violência, livre da opressão, livre da injustiça, livre da fome e da exclusão.  A observação crítica da realidade, desaguam e/ou fortalecem a defesa dos direitos e seu paradigma civilizatório (diálogo, respeito às diferenças, defesa das liberdades, da justiça, da paz, da democracia), a firme exigência frente aos governos e demais poderes públicos, a defesa perante à sociedade e a própria invenção de mais direitos.